O Ministério da Economia não é favorável à medida.





Dentre as medidas que o governo Jair Bolsonaro estuda para reduzir o impacto do aumento dos preços dos combustíveis, sem interferir na política da Petrobras, está a criação de um voucher caminhoneiro. A ideia seria calcular uma média dos quilômetros rodados e do consumo de diesel. Quando o preço aumentasse, os profissionais teriam uma restituição do valor equivalente à tributação federal, hoje, PIS/Cofins.





Os defensores da medida dizem que a iniciativa é muito mais barata do que uma isenção para toda a população. No entanto, críticos apontam incoerência na criação de uma bolsa caminhoneiro quando o país busca uma solução fiscal para o auxílio emergencial.





Auxiliares de Bolsonaro, porém, veem mais viabilidade em outra medida sobre a mesa: a criação de um fundo com excedentes de royalties para pagar a Petrobras e importadores quando houver oscilação nos preços. A criação deste colchão foi discutida em 2018, durante a greve dos caminhoneiros no governo Michel Temer . O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira ver a criação do fundo como a única saída.





Pacote de bondade





Um pacote de bondades para os caminhoneiros está em estudo no Executivo, apesar de ainda não haver uma data para ser formalmente apresentado. Uma das medidas sobre a mesa é alteração na regra da pesagem, reivindicação antiga dos condutores.





O governo pondera que, ao alterar a regra, haverá reação imediata das concessionárias de rodovias. Por isso, está sendo analisado como garantir o reequilíbrio dos contratos, que devem ser impactados de 2% a 4%.





Também está no radar do Executivo uma medida para reduzir o número de caminhões em circulação, o que poderia garantir um reequilíbrio no mercado, hoje com mais oferta que demanda.